TRABALHOS MAIS SIGNIFICATIVOS


Este espaço é para você publicar os trabalhos mais significativos realizados ao longo do curso.

As imagens inseridas na apresentação me orientei através das leituras sobre e do filosofo Deleuze ele fala da força da imagem que elas eternizam o que fomos e nos faz perceber que estamos mudando mesmo que façamos força para não mudarmos.

" O pensamento filosófico é criador
porque faz nascer alguma coisa que ainda não existia, alguma coisa nova.
A esse respeito Deleuze está seguindo não só Bergson, mas principalmente
Nietzsche, quando este diz que o filósofo não descobre: inventa.
Por outro lado, a filosofia é criação específica, criação de conceitos, sem que haja nenhuma preeminência, nenhuma superioridade, nenhum privilégio da filosofia em relação às outras formas de criação, científica, artística ou literária."
"A ciência produz funções. A arte produz percepções. A arte é algo que fica, que tem concretude. A percepção se esvaece. A arte tem algo que fica.
Ela é eterna enquanto dura. Tem eternidade presente." A arte também tem uma relação com o afeto que não compreendi bem.."








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"Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia"









A PROFESORA TRADICIONAL E O ENCONTRO COM O FILHO DO DIABO


        Começo minha reflexão com este pensamento que durante a pesquisa tive a oportunidade de ler.É o depoimento de uma professora e mãe que modificou sua prática através da experiência vivida com sua filha na escola que administrava. Ela diz: “Temos que ter humildade para admitir nossos erros e rever nossas certezas e convicções – este relato deve estar na memória de meu pai e a presença marcante de minha filha.” Fazer uma reflexão sobre a nossa prática não é uma tarefa fácil requer coragem de realmente mudar ou pelo menos iniciar uma mudança de paradigma, mas como vimos nos textos anteriores é uma questão de tempo e aceitação social. A fala que fiz no fórum 3 cabe bem neste momento  dei um título para ficar melhor focado o pensamento, é o seguinte - Quebra de Paradigmas Institucionais, buscando o conceito de paradigma lembrei aos colegas que é uma forma de enxergarmos o mundo e as diversas culturas, costumes e como cada uma apresenta-se  para com o olhar social. Acredito que ele nasce deste cerne onde as pessoas que são detentoras do poder ditam o que pode, ou o que não se pode, fazer do ponto de vista correto. E neste processo de comunicação é informado aos alunos como analisar e interpretar fatos, eventos e principalmente o conteúdo apresentado.
                      Neste ponto reflito sobre a minha própria prática que não permite muitas mudanças, me acho moderna atualizada porque me utilizo da tecnologia, mas volta e meia estou realizando uma avaliação completamente tradicional. E mesmo assim recebo elogios dos meus alunos. Agora que estou fora da sala de aula, sempre eles passam por mim e perguntam quando eu vou voltar. Na pergunta feita pelos alunos, está embutido o gosto pela organização que a abordagem tradicional bem ensinou, em termos de ordenação, tempo e avaliação, mas sempre recheada da questão humana deixo um bom espaço para ouvir e ponderar as justificativas dos meus alunos dou um exemplo: Sou professora de filosofia e iniciei o ano com a organização que é de costume, apresentação da professora,da turma e entrega do cronograma de atividades e disse a eles – Está aqui o cronograma e todos sabem o dia da avaliação escrita, do seminário, gosto muito da presença de todos em sala de aula, porém é para que participem ativamente das discussões.Como é da característica do ensino médio noturno os alunos querem só a presença, legado ruim da educação tradicional, então disse: Aqueles que só querem a presença não precisam  vir, venham só nos dias das avaliações, e apresente-se no seminário e terão nota compatível com o desempenho e aquele velho pontinho no caderno de chamada (presença). Um aluno no final perguntou se era verdade e respondi que sim. Outro me perguntou: - E o filho do diabo também pode?Fiquei parada sem saber o que dizer e perguntei a ele o seu nome, e tornou a responder já lhe disse professora, eu sou o filho do diabo e não tenho permissão do meu pai para não vir à escola e se eu não vier ele vai ser preso, mas acho sua proposta muito interessante. Ficarei nas aulas, mas não farei nada. A turma ficou todo o tempo da conversa em silêncio completo e respondi a ele – O diabo é diabo não porque é velho, mas porque é  de uma natureza superior e de suma inteligência por isto é diabo.Vai ser uma experiência impar dar aula para seu filho seja bem-vindo, começo hoje a estudar mais para chegar ao teu alcance. Fui para sala dos professore e comentei com as colegas a única que tinha ouvido do aluno isto foi a professora de português Neuzinha. Bem passado o tempo o filho do diabo nunca faltou uma aula e lá permanecia em silêncio todo de perto, sempre muito respeitador. No final do terceiro trimestre eu resolvi mudar, quebrar paradigmas agora entendo  melhor o nascimento da mudança. Chamei o jovem e o desafiei, já que tu és filho do diabo quero ver o teu poder e força, se tu ler este livro de Nietzsche a respeito da busca da afirmativa da vida, valorização e vontade eu terei cumprido com minha meta aprender com o filho do diabo. Tu sabe  que Nietzsche é um filosofo critico da moral cristão,  e em sua obra, Além do bem e do mal, poderemos discutir melhor esta questão que temos desde o nosso primeiro encontro.Indiquei também um paralelo com a obra de Santo Agostinho que aborda a questão sobre a natureza do mal  e porque ele existe em um mundo que todos dizem criado por Deus bom, e qual seria a relação entre o bem e o mal.   Ele pediu uma semana e combinou que na outra aula ele daria uma resposta apresentando-se ou não, no seminário foi um “burburim” na turma e nos corredores da escola. A professora Neuzinha disse vamos investir no filho do diabo. No dia em questão o aluno veio e utilizou os dois períodos de aula  que tínhamos, mais o terceiro período e todo o recreio, o que mais me chamou atenção era a propriedade com que discutiu os temas a postura e o silêncio completo de todos.
                 O sujeito aprendiz valorizado superou o professor despreparado, para reconhecer que diante de mim não estava mais um aluno revoltado, vestido de perto, arrogante e que não queria fazer nada.  No final todos os colegas aplaudiram-no de pé, recebeu muitos abraços e me fez a última pergunta: - Professora, a senhora não acredita em Deus? E respondi de pronto eu acredito nos homens de caráter com você, está aprovado com louvor quem iniciou o ano reprovada foi eu, boas férias e vá com o teu Deus foi um prazer ter estudado e aprendido com o filho do Diabo. Hoje bem mais madura primeiro na vida e depois na profissão e com ampliação de consciência mais estabelecida, eu aprendi que quando disse  a ele, vai com o teu deus.O deus que mora em mim cumprimentou humildemente o deus que morava nele. É neste momento de respeito pelo outro e plena humildade que se estabelece a quebra de paradigmas e vem uma profissional realmente moderna O relato foi grande mas eu mudei, com os filhos do Diabo e os de Deus. Nem tradicional, nem contemporânea só bem dosada buscando sempre o eixo central para sempre ouvir de meus alunos: Professora  quando vai voltar a dar aula? Termino com o pensamento da professora Marlene que me inspirou para contar minha experiência de mudança.

Eliete de Lucena Leão


Só para pensar um pouco!

Foi uma experiência incrível para mim e que me fez repensar sobre conceitos já tão enraizados. Talvez não importe a teoria, a metodologia, a filosofia... talvez não importe tanto o conteudismo, mas sim o AMOR pelo trabalho, o respeito pelo ser humano em formação.
Professora Marlene Huggler



 UMA PROFESSORA QUE NÃO SAI DA MEMÓRIA


Conto aqui um pedacinho de lembrança de minha admirável professora Glaci, que tive o prazer conhecer. Esta ilustre pessoa que teve participação direta na minha carreira que sigo hoje, como supervisora educacional. Foram dois anos de puro aprendizado, quando cheguei ao Instituto General Flores da Cunha em 1996 a primeira coisa que recebi foi um abraço, que dizia, tenha coragem, seja persistente, não desista  e seja bem – vinda. Tudo no mesmo instante me senti diante de uma mulher que sabia reconhecer se podia ou não investir no sujeito aprendiz que a ela era designado. Mas o diálogo não terminou ali paradas no meio da sala a professora Glaci verbalizou: - Aqui só recebemos estagiarias com ótimas referências, sou supervisora por formação, porém uma eterna professora, neste papel eu reforço a continuidade de estudos dos colegas e zelo para que eles se sintam atendidos e amparados, pois o professor que é bem tratado deve tratar bem seus alunos. Coloquei a minha bolsa sobre a cadeira e a professora mostrou o armário e me entregou a chave, no final de dois anos tu me devolves e fomos visitar todas as dependências da escola então foi uma tempestade de aprendizado sempre envolvendo firmeza e afeto.
                 Hoje seu tivesse a oportunidade de ser novamente aluna da professora Glaci estaria bem atenta desde a hora do acordar e escolher a roupa adequada para ir ao trabalho. Como eu era imatura naquela  época, como só agora percebi que no primeiro minuto que adentrei na porta do Instituto de Educação já havia começado a aula e no próximo minuto seguinte mais outra lição que aprendi com propriedade pois sempre que as coisas não vão bem na minha escola eu lembro deste segundo minuto.Quanto foi dito:- A aula foi sobre qual é a tua função, o teu papel, como vestir-se adequadamente, respeite os espaços e os prazos. A metodologia consistia em fazer uma reflexão durante uma caminhada que era de vistoria interna de si mesmo e externa do ambiente que se apresentava no dia, era um caminhado longo momento em que aconteciam os combinados, a revisão do planejamento do dia e até da semana, tudo sempre como muita calma e uma pergunta, como podemos fazer para as alunas do magistério utilizarem mais a sala de vídeo? Tu podes pensar nisto para nós? E o nosso auditório faz três meses que nada acontece nele tão lindo um ótimo espaço para ficar fechado. Assim o conteúdo era administrado e depois de acompanhado sempre com boas sugestões, mas nunca se esquecendo de estar na sala dos professores um pouquinho antes de bater para o recreio e receber os professores verificar se tudo estava em ordem, o café bem quentinho, e perguntar como estava amanhã até o momento, fazer alguns lembretes e dar uma atenção pequenina para cada colega sempre deixando a sala da supervisão disponível à hora que eles necessitassem de um atendimento individualizado.
               Bem recordar é viver, e sem sentir me vejo fazendo o que aprendi com esta bela professora. Acho neste momento que fui muito distraída para não dizer outra coisa, bem que poderia procurá-la e dizer o quanto sou grata e que hoje fazendo um pós graduação, encontrei uma professora que me fez reavivar minhas memórias que são um tanto ingratas e pude perceber que, esta grande profissional professora Glaci, contribui muito na minha trajetória profissional. Percebo também, ao estar fazendo esta tarefa de recuperação que a lição de respeitar os prazos eu tenho que retoma isto entre outras coisas. Deixo aqui meus agradecimentos mais sinceros a ti supervisora e sempre professora Glaci.
Eliete de Lucena Leão

Eliete de Lucena Leão